Depois de um período de interregno desde o último álbum homónimo, editado em 2011, Old Jerusalem regressa às edições discográficas com A rose is a rose is a rose, o sexto trabalho de longa-duração do projeto. Por contraponto ao anterior, Old Jerusalem (PAD, 2011), integralmente composto e interpretado por Francisco Silva, A rose is a rose is a rose retoma a colaboração com outros músicos, destacando-se, a este título, o trabalho desenvolvido com Filipe Melo, responsável pelo piano e arranjos de cordas do álbum e um verdadeiro e empenhado cúmplice na delineação do rumo estético do trabalho. De facto, quase se poderia afirmar que, na sua génese, a canção de A rose is a rose is a rose serviram como “pretexto” para esta colaboração, que começou a delinear-se logo no momento em que os dois músicos se conheceram, num concerto de homenagem a Bernardo Sassetti, em Lisboa.
Juntando à prestação de fiéis colaboradores habituais (como o produtor Paulo Miranda e o baterista Pedro Oliveira) os contributos de músicos e técnicos que trabalham pela primeira vez em disco com o projeto (o já mencionado Filipe Melo, no piano, Nelson Cascais, no contrabaixo, as colaborações pontuais de Petra Pais e Luís Ferreira, dos Nobody’s Bizness, na voz e guitarras, respetivamente, o quarteto de cordas de Ana Pereira, Ana Filipa Serrão, Joana Cipriano e Ana Cláudia Serrão, bem como o trabalho de misturas de Nelson Carvalho e de gravação de Luís Candeias e João Ornelas), A rose is a rose is a rose apresenta uma versão de Old Jerusalem mais expansiva, ainda que sempre centrada na atenção às canções e à forma mais eficaz e agradável de as comunicar ao ouvinte.
O projeto Old Jerusalem iniciou atividade em meados de 2001, tendo gravado um registo de apresentação em dezembro desse ano, em conjunto com os Alla Polacca (a demo Old & Alla). Este registo de estreia do projeto marca também o início da atividade pública de Francisco Silva – o mentor da banda – enquanto escritor de canções. Depois de alguns concertos e de participações em várias compilações, o projeto Old Jerusalem lançou, em janeiro de 2003, o álbum de estreia, April, produzido por Paulo Miranda e editado pela Bor Land.
Desde aí, Old Jerusalem tem mantido um nível de atividade regular, entre concertos, edição de novos registos – Twice the humbling sun (2005), o split-EP Splitted (2006), em conjunto com Puny e Bruno Duarte, The temple bell (2007), Two birds blessing (2009) e o álbum homónimo Old Jerusalem (2011) – e colaborações com outros artistas, não só como músico/intérprete (The Unplayable Sofa Guitar, Green Machine, The Neon Road, entre outros), mas também como autor, tendo desenvolvido, a este título, trabalho com artistas tão diversos quanto Carlos Bica, Bernardo Sassetti, Alla Polacca, Mandrágora ou Kubik.