Estudou Psicologia no Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Lisboa, mas a enorme paixão pela música levou a melhor e tem-se revelado uma das grandes promessas na cena musical portuguesa e espanhola, estando a preparar o lançamento do seu primeiro disco de originais em nome próprio para breve.
Depois de ter passado pelos Estados Unidos e de 4 anos a residir em Barcelona para estudar jazz na prestigiada escola Taller de Musics, o cantor está de regresso a Portugal onde lançará o seu primeiro disco em nome próprio.
Durante o tempo que viveu nos Estados Unidos e em Barcelona, Salvador Sobral desenvolveu vários projectos musicais: compôs para si mesmo, e o novo disco visa esse seu lado autoral, mas ao mesmo tempo criou perfomances arrojadas à volta da figura de Chet Baker, autênticas viagens pela bossa-nova, ou mesmo pelas doces sonoridades da américa latina, foram fazendo parte das escolhas por onde tem trilhado o seu percurso musical.
Ainda em Barcelona, no início de 2014, deu voz à banda de pop-indie “Noko Woi”, cujo álbum de estreia mereceu o convite para um dos palcos da edição de 2014 do Festival Sónar de Barcelona.
Em Portugal, Salvador Sobral tem contracenado com vários dos nomes mais sonantes do jazz nacional.
“Excuse Me”, o seu disco de estreia editado pela Valentim de Carvalho, é o resultado dessas viagens e das influências que o cantor recebeu das suas inspirações musiciais de sempre, que partem do jazz para o mundo e que agora nos convida a escutar.
O disco tem a co-produção musical do pianista Júlio Resende, do talentoso compositor venezuelano Leonardo Aldrey e do próprio Salvador Sobral.
Maioritariamente composto por temas originais da autoria de Salvador Sobral e Leo Aldrey, não faltam dois standards de jazz com que o músico assume a forte influência desta estética no seu percurso. Um dos temas originais é de Luísa Sobral, que o compôs para o irmão a quem ouvia cantar compulsivamente temas de Chet Baker: “I might just stay away” remete-nos para o universo do cantor e trompetista norte-americano.
Ao longo da narrativa do disco encontramos um bolero do pianista cubano Bola de Nieve que retrata uma paixão imensa de Salvador Sobral pelos dialectos hispânicos e em particular pela América Latina. Ainda pelo sul da América, mas agora em português, o cantor apresenta-nos um doce tema do bahiano Dorival Caymmi, sobre quem Caetano Veloso referiu “que cada canção sua era uma jóia perfeita”.
Com créditos já provados na cena musical portuguesa, Salvador Sobral integrou a programação de um dos mais relevantes festivais urbanos de música em Portugal, mesmo antes de lançar este seu primeiro album: o Vodafone Mexefest, de onde recolheu as mais generosas críticas.
Na última edição do EDP Cool Jazz, Salvador Sobral mostrou porque já deixou de ser ‘apenas’ uma promessa da música em Portugal, para ser definido como um cantor que “consegue transmitir uma sensibilidade musical única em palco”.